quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Capitães da Areia - Jorge Amado - CPL - Isadora. Maria Clara. Gustavo. Mariana. Nathalia 8 ano A



CAPITÃES DA AREIA
JORGE AMADO.

   Os Capitães moravam em um velho trapiche que era um tipo de casa de madeira que dava de frente ao mar onde batiam as ondas oras violentas e ora mais calmas. Nas noites mais negras, a lua refletia em uma pequena réstia de luz amarela onde descansavam os Capitães da areia. O grupo era formado pelos Capitães Pedro Bala, um garoto de quinze anos que era forte loiro, dos olhos azul e muito ágil, o sem - pernas um rapaz magro, com uma perna manca, o João- Grande um negro grandalhão, forte, musculoso, que apesar do seu tamanho e de sua força era um mulato de coração muito bom e o gato um jovem muito belo sedutor, louco, por mulheres, Querido de Deus, um mulato muito religioso.
   Certa noite o gato estava andando por uma rua escura e vazia onde só andavam as moça de programa e os homens com desejos sexuais esperando por uma mulher que lhes realizassem seus fetiches. Muito sedutor o Gato estava a procura de uma mulher para ter suas relações, quando encontrou uma mulher belíssima, sedutor, agradável e de boa aparência por quem se apaixonou perdidamente, a mulher chamava-se Dalva e já era mais experiente, aparentava ter por volta de uns 30 a 35 anos. Gato ficou várias vezes na noite subindo e descendo a rua onde a mesma morava. Eis que El o percebe, e o chama a atenção, ele responde, ela pede para que ele vá ate a casa de um antigo cliente e diga a ela que Dalva está o esperando; Ele sai humilhado e triste, depois que ele chega Dalva pergunta o que Gastão (o tal cliente) havia falado, muito esperto, o Gato pede para entrar no quarto da mulher e ele diz a mesma que Gastão estava com outra na cama, ela fica desolada e Gato aproveita do momento para seduzi-la, ele consegue e os dois transam. Na madrugada da mesma noite, Gato, Pedro Bala, Querido-de-Deus e João Grande esperavam em um barzinho que um guarda viesse para que eles começassem um jogo de aposta com cartas. Ao invés do tal guarda aparecem dois senhores, um baixinho e um alto e magricelo que tinha na cara um pequeno tufo de bigode branco. Gato começou a roubar e ganhava uma vez seguida da outra, os dois velhos desistiram do jogo, se levantaram, pagaram o que deviam a Gato e depois foram embora; Gato dividiu os 68 mil-réis que havia ganhado e dividiu entre seus parceiros: Pedro Bala, João Grande e Querido-de-Deus.
   Um homem chamado Nhozinho França chega a cidade com um velho carrossel, já desbotado e sem tintura alguma, que já fora um dia um belo carrossel com as cores vibrantes. Volta-Seca e Sem-Pernas são convidados para trabalhar no carrossel, enquanto um colocava a musica o outro ligava o motor e assim quando quisessem poderiam trocar seus ofícios. No final os dois chamaram todo o bando dos Capitães da Areia para dar uma volta num brinquedo que eles nunca havia andado antes.
   Boa-Vida e Pedro Bala vão ate as Docas, uma espécie de feira no porto, lá eles encontram um amigo deles, João de Adão. João fala do pai de Pedro Bala para o mesmo que ele nem conheceu ou conhecia, descobriu que seu pai era um revolucionário que lutava pelos direito e que já tinha trabalhado nas Docas, daí depois de descobrir as informações de seu pai, Pedro Bala se inspira nele como seu herói.
   A mãe de santo, Dona Aninha que era muito chegada aos meninos, pede a ele que resgatem a imagem de seu santo, Ogum, que tinha sido levado pelos guardas para a delegacia. Pedro Bala cria um plano e planeja com os outros Capitães da Areia, disfarçado de menino que foi abandonado pelo pai, ele tentar ficar a noite na delegacia, mais o guarda não deixa e Pedro Bala tenta roubar uma carteira na frente do guarda  para ser levado a delegacia e preso, lá ele pega o santo escondido e na manhã seguinte, é solto e leva o imagem de Ogum para a mãe de santo Dona Aninha.
   Pirulito era um menino que sempre estava ligado à fé católica e a Deus, sonhava em ser um padre e sempre tem ao seu pensamento o que sempre dizia o Padre José Pedro, de que os Capitães da Areia só roubavam por necessidade e que não tinham outra escolha do que cometer os furtos. Depois disso Pirulito fica martelando em sua consciência o que o padre dizia e passa a roubar apenas o que precisava para seu próprio sustento e faz orações todos os dias antes de dormir para se perdoar de seus roubos, ficando assim muito intimo do padre José Pedro.
   O Sem-Pernas, muito esperto, finge ser um menino muito comportado e bom, que foi abandonado pela própria mãe, para poder entrar na casa de Dona Ester, onde é acolhido recebendo muito amor e caminho da mesma. Ele diz se chamar Augusto, o mesmo nome do filho falecido de Dona Ester. Por isso sempre tratava Sem-Pernas com todo amor e carinho, sem saber que Sem-Pernas estava La apenas para pegar os objetos de alto valor para que os Capitães da Areia os roubassem, depois de todo amor que ela o deu, ele sentiu um imenso remorso, mas mesmo assim avisou os Capitães da Areia que roubaram todos os objetos de valor encontrados naquela casa.
   Professor era um mulato, muito inteligente, sabido e esperto, o mais pacifista de todos os Capitães, era também o único que sabia ler além de desenhar muito bem o que ele fazia para ganhar uns trocados uma vez ou outra. Ele e Pedro Bala estavam andando pelas ruas e Professor para num ponto onde começa a desenhar as pessoas que passam para ganhar um dinheirinho para o almoço, até que um homem chamado Dr.Raul, vê os desenhos de Professor dizendo que o mesmo tinha um dom esplêndido e que ele podia ganhar muito dinheiro com isso, o homem da seu cartão para Professor que depois do mesmo ir embora, Professor rasga o cartão e diz a Pedro que sabe que nenhum desse homens mudaria seu futuro.
   Depois de alguns dias, uma grave e perigosíssima doença se alastra pela Bahia, atingindo somente os pobres, porque os ricos iam ao hospital tomar as vacinas necessárias contra a doença. As pessoas eram encontradas com a tal doença e eram levadas para o lazareto, onde muitos acabavam morrendo, os parentes eram obrigados a entregar os contaminados com a doença, caso contrario seriam presas. No grupo o primeiro que é contaminado pela doença é Almiro que acaba morrendo por causa da mesma.
   Dora era uma menina  loira dos olhos azuis por volta de 14 anos de idade, ela tinha um irmão caçula chamado Zé Fuinha, sua mãe havia morrido há poucos dias, contaminada pela doença, seu pai havia morrido já há algum tempo antes. Dora e seu irmão voa procurar emprego juntos, mais ninguém quer dar emprego para alguém cujos pais foram mortos por causa do alastrim (o período em que a doença estava afetando os moradores da Bahia). Dora é encontrada pelos João Grande e Professor, que a levam para o trapiche, ao chegarem acontece uma enorme confusão, pois no grupo só tinha meninos e a chegada de Dora causou muita confusão, mas depois de uma longa e refletidora conversa, eles aceitam Dora.
   A menina decide que vai junto com o grupo roubar as coisas, pois não aceitava a ideia de depender dos meninos. Pedro Bala arruma briga com um dos moleques, Ezequiel, um grupo de garotos rivais dos Capitães da Areia, que dão uma surra em Pedro Bala, ele volta ao trapiche, onde está apenas Dora que se assusta com os ferimentos de Pedro Bala e acaba cuidando dele e por final o beijando. Eles se sentam na areia e Dora diz a ele é noivo dela, os dois estavam apaixonados. Depois Pedro e os outros, para se vingarem dão uma surra no grupo de Ezequiel.
   Em uma tentativa de assalto alguns meninos do grupo são presos entre eles estão Pedro Bala, Dora, João Grande, Sem-Pernas e Gato. Mais no momento de uma foto, João Grande, o Gao e Sem-Pernas conseguem fugir dos policiais da delegacia, sobrando apenas Dora e Pedro Bala. Pedro é levado para o reformatório e Dora para o orfanato. Pedro Bala consegue se comunicar com os outros meninos e conseguem fugir com a ajuda dos mesmos.
    Ao fugir do reformatório Pedro Bala vai atrás de Dora no orfanato, os meninos entram no local sem nenhuma dificuldade e pegam Dora, que estava queimando de febre e diz que embora da casa com o grupo. Á noite Don’Aninha vai no trapiche para tentar fazer abaixar a febre de Dora, no momento em que ela tenta curar a menina e o trapiche fica com um grande silencio.
  Logo depois, Don’Aninha vai embora, e a febre da menina não abaixa e ela vai chamar Pedro Bala chega perto dela, e fala que ela não é mais uma menina, já era uma moça, e ela pediu para ele que a faça uma mulher e colocou a mão sobre seus seios, Pedro Bala não queria fazer aquilo, mas fez o desejo da menina, depois disso foram dormir. Ele acordou no meio da noite e viu que a Dora estava gelada e o seu coração não estava mais batendo. Ele ficou desesperado e saiu gritando pelo Trapiche, e os meninos acordaram e foram ver Dora, que estava gelada porque estava morta. Querido-de-Deus levou o corpo dela no mar, para joga-lo lá.
Todos ficaram inconformados com a morte de Dora . E Pedro Bala vai atrás de Querido de Deus, salvou-o quando estava voltando. Pedro Bala não parava de pensar em Dora em nenhum momento.
Depois da morte de Dora, todos os Capitães da areia mudaram de vida, começaram a ganhar muito dinheiro e alguns deles foram para fora do Grupo Capitães da areia.
Gato vai para Ilheus com Dalva, Sem Pernas tenta roubar uma casa mas pegaram ele e ele não conseguiu correr muito e se jogou no chão assim foi seu fim. Depois de um tempo Pedro Bala também deixa o grupo e ele vira um militante proletário.
Esse foi o fim do Grupo Os Capitães da areia, cada um seguindo sua vida, cada um indo para um lado para trabalhar e alguns ganhando muito mais dinheiro.

4 comentários:

  1. Capitães de Areia é um clássico na temática das crianças desprovidas de qualquer amparo social, legadas ao destino incerto dos que são propositalmente marginalizados, erradicados do convívio social. A trajetória dos meninos, que enfrentam os representantes do poder e roubam dos ricos para partilhar o produto do furto entre os companheiros pobres e abandonados, constitui uma das principais obras de Jorge Amado.
    Este grupo, que sobrevive de apropriações indébitas e golpes sem maior importância, desfila pelas ruas da cidade alta na Bahia, cada integrante exibindo apelidos que traduzem atributos físicos ou, no caso do Professor, virtudes intelectuais, o único membro da gangue dotado de dons culturais.

    Jorge Amado aborda este universo de uma forma cruel, sem maiores concessões ou sentimentos compassivos. Ele os revela exatamente como são e vivem, com vibração, guiados por uma estrita racionalidade e altas doses de arbítrio e firmeza, virtudes não restringidas pelo contexto adverso em que vivem.

    Personagens como o líder dos Capitães, o loiro Pedro Bala, surpreendentemente rápido, o que justifica seu codinome; Pirulito, constantemente obcecado com a purificação dos pecados; o sensual Gato, que acalenta o desejo de se transformar em cafetão; e Professor, o amante das letras, assim como os demais membros do grupo, são desenvolvidos com maestria pelo autor, que aprofunda sem hesitar o perfil de cada um.

    Dora é a única personagem feminina que se sobressai, pois é o ponto de contato deste universo masculino com a esfera feminina; por uns, é vista como irmã, por outros, é a imagem maternal. Para Pedro Bala ela é a mulher ideal, sua amada. Percorrendo as ruas da cidade e o caminho do mar, os Capitães da Areia estão sempre ocultos aos olhos dos poderosos. Eles encontraram seu próprio caminho no desafio à ordem constituída.

    Cada um destes garotos terá a rua como educadora, a vida como mestre, a exclusão como metodologia de formação, e assim vão crescer, e se tornar homens, na prática de atividades ilícitas e no amadurecimento afetivo, seja ao lado de mulheres ou de outros rapazes. Pedro Bala, em sua trajetória existencial, passará de jovem marginal a líder comunista.

    Embora desafiem constantemente a lei, os meninos se integram na cultura e na religião locais, reverenciando tanto o catolicismo, culto oficial, ao interagirem sem problemas com o padre José Pedro, quanto com o candomblé, rito alternativo e tradicional na Bahia, ao se relacionarem tranquilamente com a Mãe de Santo Aninha.

    Paradoxalmente, nem as autoridades, nem o clero se dispõem a confrontá-los e persegui-los, a não ser quando atingem personalidades significativas. Os meios de comunicação, ocasionalmente, disseminam suas necessidades, mas preferem, a maior parte das vezes, culpá-los pela situação em que se encontram.
    Alunos, gostaria que vocês lessem o comentário, pois irá ajudar na preparação da peça. Boa leitura!!

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  2. Eu acho que nosso resumo ficou muito bom, lemos direitinho e depois soubemos explicar na frente da professora, o comentário foi muito oinspirador para continuarmos a praticar a leitura e a escrita, com projetos na aula de portugues
    Gustavo...

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  3. Querido Gustavo, como é bom saber que o projeto está inspirando os alunos a lerem mais. Divulgue o projeto, pois um bom hábito de leitura é bom para todos.

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  4. gostei muito do resumo de vocês e quem sabe eu não leia o livro. Vejo que o pessoal está mudando um pouco o foco da leitura e lendo livros diferenciados. Quem sabe Capitães da areia não seja um dos livros que lerei ou até comprarei.

    deivid bueno 8ºano C

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